O Porquê da Omissão de Adão
Deus colocou uma única lei no jardim com um propósito: provar o homem.
Essa lei não lhe dava alternativa alguma, era obedecer ou pagar pelas conseqüências de sua desobediência, conforme Gn 2: 17.
Adão pagaria o preço por introduzir a morte na criação divina, sendo a sua primeira vitima, pois morrendo morreria. Ele temia essa possibilidade da morte, embora não a conhecesse.
Adão deveria ter passado esse mesmo temor a sua companheira. Ele sabia que, sendo o responsável pelo jardim, o castigo da desobediência seria imputado a ele, pois somente ele fora instruído sobre isso. Talvez, isso explique sua omissão em relação ao seu “descuido” com Eva.
Ao encontrar Eva e saber que ela comera do fruto proibido, não a admoestou nem a reprovou, apenas observou o resultado daquele ato.
Vendo que nada lhe ocorrera aparentemente, não vacilou em comer também
– Gn 3: 6.
Parece que esse desejo de comer do fruto já se aninhara em seu coração, pois confiou mais no que via com seus olhos e na palavra que Eva pronunciara, do que no que Deus havia lhe falado em Gn 2: 17.
A fé vem pelo ouvir e o ouvir pela palavra de Deus -1Co 10: 17. Portanto, faltou fé a Adão. Fraquejando na fé e duvidando da palavra de Deus, desobedeceu e comeu também do fruto proibido, tornando-se cúmplice de Eva e da serpente.
Naquele instante, teve seus olhos abertos para ver o mal, perdendo a inocência que tinha ao só ver o bem e cobriu a si e à sua companheira com aventais feitos de folhas de figueira, conforme a descrição de Gn 3:7.
Tiago 1:12 diz: “Bem-aventurado o homem que suporta a provação; porque, depois de aprovado, receberá a coroa da vida, que o Senhor prometeu aos que o amam. Ninguém, sendo tentado, diga: Sou tentado por Deus; porque Deus não pode ser tentado pelo mal e ele a ninguém tenta. Cada um, porém, é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência; então a concupiscência, havendo concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte”.
Aprendemos que lei, pequena ou grande, revela o coração do homem e seus intentos. Isto está advertido para nós, na graça, em Hb 4: 12.
Cláudio Pinto Pr
Deixe um comentário