Abraão foi o homem de cujo lombo procedeu todo o povo de Deus.
Ele representou uma grande mudança nos relacionamentos entre Deus e os homens, pois antes dele não havia um povo separado pelo Senhor para servi-lo na terra. Ele recebeu as promessas em Gn 12: 1 a 3.
Vivendo no meio de um mundo descrente e perverso, na região de Ur dos caldeus, e sendo filho de um sacerdote pagão, creu nas promessas de um Deus a quem não conhecia, e saiu de sua terra e de sua parentela e da casa de seu pai em busca do que só podia ver de uma forma, pela fé conforme Hb 11: 10.
Como alguém num ambiente desprovido de fé podia ter fé e crer pela fé?
Deus só tinha um homem a quem pudesse chamar naqueles dias um único e era ele Abraão. Foi nele que Deus viu a boa raiz para dela gerar seu povo na terra e lhe fez essa promessa como vemos em Gn 12: 2.
Todos os que são filhos de Abraão deveriam ser como ele cheios de fé, e temor a Deus, separados do mundo, reino sacerdotal e um povo santo conforme Ex 19:6, e entendidos nas coisas de Deus e na verdade.
Porém quando Deus enviou a seu Filho Jesus. eles não o receberam Jo 1: 9 e não o reconheceram, Mt 27: 40, e planejavam matá-lo. Tinham o espírito homicida e da mentira, tinham trocado a paternidade divina pela maligna conforme demonstra Jo 8: 44, eram como Caim.
Jesus lhes disse que não eram filhos de Abraão, pois não tinham o caráter de Abraão conforme lhes afirmou em Jo 8: 38 a 42. Por isso o reino de Deus lhes foi tirado e dado a um povo que tinha a mesma fé de Abraão, como está em Gl 3: 7.
Ser filho de Abraão é: ter a mesma fé, ser amigo de Deus, crer no invisível e discernir o visível, seguir a verdade e não a mentira, querer dar vida e não matar.
Os filhos devem ter a mesma essência do Pai, como Jesus o tinha. Jo 10: 30.
Cláudio Pinto