A justiça do reino

Buscai primeiro o reino de Deus e a sua justiça, e essas coisas vos serão acrescentadas. Mt 6: 33.

O reino é um sistema divino de governo a se efetuar sobre a terra, o qual foi anunciado por João Batista e  por Jesus o Rei, em seus princípios e sua constituição nos capítulos de Mateus 5 a 7, no chamado “sermão da montanha” ou “do monte”.

Nele a  orientação é que se busque o reino, e destaca buscar com primazia a “sua justiça”, demonstrando certo menosprezo pela chamada justiça humana o que é confirmado em Is 64: 6, justiça essa que  na prática condenou Jesus Cristo o justo a ser crucificado justificando ser tida como “trapo de imundícia”.

Isso nos leva a entender que a justiça do reino é essencialmente diferente da que hoje se executa na terra, o que fica claro se atentarmos para o sermão do monte que nos ensina a amar os inimigos, a bendizer os que nos maldizem, a fazer bem aos que nos odeiam, e a orar pelos que nos maltratam e nos perseguem conforme Mt 5: 44, e ensina a dar a outra face, Mt 5: 39, e a dar também a capa ao que te roubou a túnica, Mt 5: 40, e a andar com teu algoz a segunda milha, Mt 5: 41, e a fazer justiça aos pais, e não se desviar daquele que te pede emprestado e a dar ao que te pede, realmente estes preceitos são totalmente antagônicos a justiça do mundo, sem dúvida.

Jesus perdoou a seus inimigos, e morreu por eles, e ressurreto, vitorioso e eterno, nunca manifestou desejo em se vingar deles, apenas vilipendiou as potestades presentes como está em Cl 2: 15. Jesus praticou a justiça de Deus e do reino na terra, e essa justiça está preparada para os que amam a sua vinda, como está em 2Tm 4: 8, é a ela que  se refere ao dizer “buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça”, a justiça que perdoa, que exerce misericórdia e piedade, que não julga para castigo os que a buscam, mas que salva e galardoa, que não cumpre a letra cega da lei, mas que  exalta o amor, porém sabe tratar na medida e com severidade correta o transgressor incontrito.

Quem não for alvo de sua graça e porque não amou a sua justiça, e por desprezá-la se tornou indigno dela. Como sermos condenados se Jesus é nosso advogado perante a sua justiça e perante o Pai? 2Jo 2: 1 e 2. Se o mundo for condenado e porque não entendeu ou não quis entender isso, que está claro no verso 2.

Venha o teu reino e a tua justiça, Senhor e juiz dos vivos e dos mortos At 10: 42.

Cláudio Pinto Pr

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